" Uma tempestade está vindo, humano Trevor. Uma tempestade que fará tremer as fundações de seu povo e determinará o destino de toda criação. "
Ao sul na floresta amaldiçoada, um homem estava caído no chão. Chorando e rezando para que sumério, o senhor das estrelas, o ajudasse.
Naquela parte da floresta, a relva era verde e animais vagavam por ali, diferente do lado norte.
O homem então levou a mão a coxa, onde uma flecha a havia atravessado e estava presa. O desespero o tomou quando tentou tirar a flecha e estão gritou. O elixir da vida fluía para fora de sua perna, e no chão uma possa de um líquido vermelho e pastoso se acumulava. Sangue.
Trevor, o ranger, fechou a boca e tentou fazer o menor barulho possível. Pois ouviu-se um som das pisaduras de muitos seres, talvez centenas...
" Por sumério, não posso morrer hoje! "- pensou aflito em desespero.
Acuado e com medo, recostou as costas num pinheiro e visualizou passando entre floresta dezenas de seres. Grama, galhos e terra foram gravemente pisoteados pela quantidade enorme de centauros.
Estava com muito medo e acuado, contudo os centauros passaram e pouco se importaram com ele. Exceto um, que veio em sua direção. Em sua cabeça desprovida de cabelo estava uma grande Tatuagem negra e tribal, com o símbolo sagrado de Lys - a mãe natureza -, as rugas eram grandes em seu rosto,mas seu corpo continuava forte, porém um tanto rígido devido à idade.
O rapaz tremia de medo, o centauro veio a ele, e levantando as duas mãos ao seu centro, folhas rodopiaram a sua volta, galhos se retorceram, uma lufada enorme de ar surgia.
E de suas mãos fora conjurado um cajado emanando uma energia esverdeada e com dezenas de vagalumes a sair de cada fresta da medeira um tanto retorcida e rebuscada, e em sua ponta continha uma pedra verde e rara (semelhante a Pedra Arken do Hobbit. )
-- Magia... podem fazer magia... - Trevor se obrigou a dizer, pois com estava espantado, Garderion não possuía sinal de magia alguma a centenas de anos.
Quando terminara com suas palavras, folhas foram em direção a flecha e como uma dança xamânica elas retiraram a mesma, e sararam sua ferida.
-- Os humanos podem ter se esquecido os caminhos da natureza, mas Lys se lembra, e eu como seu guardião devo à manter em harmônia na floresta... -- Disse virando de costas -- Vi bondade em seu coração e merecesse a vida. Apanhe o que tiver de pegar. Você mereceu está honra, humano Trevor.
-- Como sabe meu nome?! -- disse surpreso.
-- O guardião de Gran Sylvae sempre sabe... Agora pegue suas coisas e se retire, filho da vida... Estamos em guerra e não é bom que ande por aqui.
-- Obrigado, muito obrigado, senhor guardião. Que as estrelas lhe iluminem o caminho - disse um verso de sumério.
O centauro voltou e olhou profundamente os olhos de Trevor e disse de maneira rígida e com a voz sem tanta paciência.
-- Uma tempestade está vindo, humano Trevor. Uma tempestade que fará tremer as fundações de seu povo e determinará o destino de toda criação. Fique com suas estrelas, humano Trevor, precisará de todas.
Com um vento forte que soprou do leste, folhas de diversos tamanhos dançaram ao redor do guardião e ao tocar em cada parte de seu corpo elas brilhavam numa luz esverdeada e sutil. O guardião começou a diminuir, o brilho se intensificou e as folhas caíram ainda dançando novamente. Do que antes fora um centauro saíra um corvo, e com um bater de asas, solitário ele prosseguiu voo em direção aos outros centauros.
Naquele instante trevor olhou para o céu e pode contemplar um clima bem carregado de nuvens, e com o som de uma trovoada e um vento forte começara a cair a primeira chuva no mês.
- Que os deuses estejam conosco... - Disse Trevor ao se levantar se apoiando numa árvore, ainda com um pouco de dificuldade.
E mais uma vez Trevor se sentiu fraco e sozinho, mediante tamanho a sua pequenas num mundo tão grande...
( Conto baseado em certa parte do livro Campeões de Gaia - L.L Stockler )
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